Lembram-se quando o Verão era mesmo Verão na televisão portuguesa? Aquela altura mágica em que os canais arriscavam tudo, desde programas malucos até séries que só faziam sentido com 35 graus lá fora. Era uma época em que a programação mudava completamente, como se entrássemos num universo paralelo onde tudo era permitido. Hoje em dia? Bem, a coisa mudou de figura, e não foi para melhor. Vamos dar uma vista de olhos ao que aconteceu com a programação de Verão e porque é que, francamente, isto está a precisar de um abanão dos grandes.
O Verão que já não é Verão
Atualmente, a programação de Verão é basicamente igual à do resto do ano, só que com um “Verão” colado ao título. É ver o “Você na TV” transformar-se em “Você na TV Verão” e por aí fora. Que criatividade, não haja dúvida! Os canais estão com tanto medo de perder audiências que preferem jogar pelo seguro, mesmo que isso signifique servir arroz com arroz o ano inteiro.
Quando arriscar era normal
No início dos anos 2000, o Verão era sinónimo de experimentação. Lembram-se do “Big Brother” ter começado como experiência de Verão? E aqueles programas marados que só podiam passar em Agosto? Era uma altura em que os programadores tinham tomates para arriscar, porque sabiam que o público estava mais receptivo a novidades.
As plataformas de streaming não dormem
Enquanto os canais tradicionais continuam na sua vidinha, a Netflix e companhia aproveitam o Verão para bombardear com conteúdo novo. Séries teen, filmes de Verão, reality shows… Tudo pensado especificamente para esta altura do ano. E depois admiram-se que o pessoal migre para o streaming!
Hoje em dia, ver televisão no Verão é como comer uma sopa morna – nem quente nem fria, só está ali. Os canais precisam urgentemente de perceber que manter tudo igual não é estratégia, é rendição. E vocês, malta, o que acham? Preferiam os Verões loucos de antigamente ou esta mornidão atual? Deixem nos comentários as vossas memórias dos melhores programas de Verão!